quarta-feira, 24 de junho de 2009

O PAU DO MONSTRO

Tem muita coisa tosca nesse mundo, e quem não tiver uma tosquice que atire a primeira pedra...
Mas uma pergunta me povoa e intriga: que mania é essa, meu Deus, de sentir tesão vendo o tesão dos outros?
Não que seja de todo inconcebivel, temos nossos sentidos aguçados o tempo inteiro pelo meio externo. Sons, texturas, cheiros. Com sexo não seria diferente.
Há muita gente que prefere ficar em casa vendo um pornô sábado a noite do que sair pra viver a vida real. Ora, é apenas um filme como outro qualquer, exceto pelo numero de litros de esperma jogados na cara da "talentosa atriz".

O sexo do outro lado da telinha é inalcançavel, e por isso há tanto fascínio.
Nada contra quem assista, nada contra quem goste. E confesso que se a coisa tiver qualidade eu aprecio e teço comentários, mas isto é a exceção.
Tudo bem que o principal do pornô é o sexo. Incontestável. Mas porque de historias estupidas, que atentam contra a inteligencia?
Algo da espécie aluna sendo castigada pelo professor, enfermeira e paciente "bem dotado", menina abandonada(não, ninguém merece menina abandonada), e isto nem de longe é o pior. As tintas com que se pintam as historias quando não são pastéis demais, são coloridas demais.
Ou o cara faz sexo como quem tá escovando os dentes, ou faz do tipo o mundo desabará em dez segundos sobre nossas cabeças.
O pior é que as mulheres tem que estar sempre satisfeitas com o oralzinho OBVIAMENTE mal feito que "recebem".
E quando eles gozam na cara dela? Meu Deus, o que é aquilo?
E elas sorriem...
É. Gosto é igual a cu mesmo!
E tem coisas muito mais ridiculas e certamente mais idiotas:
As poses submissas, os famosos tapinhas, o estica-puxa-e-vai que faz parecer que o sexo é coisa de um adestrador domando fera.

Obvio: filmes feitos por homens para homens.

Filmes que perpetuam estereótipos, que criam mitos e fantasias.
E ainda tem quem ache estimulante ver este produto a dois, o argumento é que serve pra apimentar o negocio, sair do lugar-comum, ousar. Tá mais pra caricatura, pra circo, que nem filmes de terror onde dá pra ver o zíper da roupa do monstro(e o pau do monstro).
Aos amigos que levam um filme desse pra casa, cuidado. O efeito colateral pode ser diferente do desejado. Causar risos em vez de caricias quentes.
Precisamos mesmo é de moças sacanas que assumam os papéis de produtoras de filmes pornô.

Sacanagem produzida por mulheres para mulheres.

Os tons seriam mais adequados, o desenrolar mais inteligente.
E os sentidos?
Bem, quem pode negar que uma mulher é capaz de propiciar coisas inimaginaveis na hora de aguçar os sentidos do outro?


Escrito por: Lorena Silva
Editado por: Livia Queiroz